A crise climática e o aquecimento global não são um problema do futuro, mas, sim, uma realidade amplamente reconhecida pela comunidade internacional, que já nos afeta, a nível global e local, e que representa a maior ameaça que a Humanidade enfrenta, se quiser continuar a viver no Planeta.
O aumento da temperatura global da Terra, provocado principalmente pela atividade humana, tem efeitos devastadores nos modos de vida das populações, dos animais e das plantas, originando fome e desnutrição, perda de culturas agrícolas, migrações em massa, falta de água potável bem como doenças e mortes. No entanto, nem toda a gente polui, de igual forma, e nem todos irão sofrer as consequências dramáticas do aumento da temperatura global, com o mesmo grau de intensidade.
Atualmente, os que mais sofrem, são as pessoas e as comunidades que vivem em situações mais vulneráveis e, por sua vez, menos responsáveis pelo efeito estufa que o provocam. Estima-se que, se não forem tomadas medidas urgentes, o número de pobres pode aumentar entre 35 e 122 milhões até 2030 (Oxfam 2019).
Entender, por um lado, a relação entre a desigualdade nas emissões de gases do efeito estufa e, por outro, a vulnerabilidade à crise climática, é essencial, se se quiser conter e mitigar o seu impacto, evitando que os mais carenciados sofram, desproporcionalmente, e desfrutem de um modo de vida justo e sustentável para toda a Humanidade e para o Planeta.
Pretende-se, com esta proposta, não só proporcionar aos alunos os pontos-chave para entenderem o fenómeno da crise climática, sob uma perspetiva ambiental e social, disponibilizando-lhes ferramentas para poderem fazer a sua análise crítica e levarem a cabo uma ação social transformadora. A presente proposta pretende, simultaneamente, sugerir-lhes alternativas construtivas, a partir de vozes provenientes do feminismo, da juventude e dos povos indígenas, que possibilitem orientar a transição para soluções económicas, mais ecológicas e justas, e que permitam dar resposta a este desafio global, no contexto da realidade local de cada participante.
Para a presente edição do Conectando Mundos, foram definidos os seguintes objetivos:
Coordenação do projeto:
Elisabet Santpere, Sandra M. Tremoleda
Autoria:
1º e 2º Ciclos: Berta Maristany Corbella (Edualter)
3º Ciclo e Secundário: Clara Isabel de Madrid
Com a colaboração da Rede de Educadores e Educadoras para uma cidadania global
A comissão do Conectando Mundos da Rede dá assessoria e monitorização à elaboração da presente proposta educativa: Alazne Cámara, Pablo Cuenca, Santiago García, Esther Gutiérrez, Teresa Hernández, Flor López, Jordi Riera e Arantza Zubizarreta.
Dinamização da Web:
Espais Telemàtics
Consórcio Conectando Mundos:
Este curso de 2021-2022 do ”Conectando Mundos” desenvolve-se no âmbito do Consórcio Conectando Mundos. Esta iniciativa, na qual se inscreve a presente proposta educativa, enquadra-se numa estratégia mais ampla de promoção da Cidadania Global promovida pelas seguintes organizações europeias: Oxfam Itália (Itália), AIDGLOBAL (Portugal), Espais Telemàtics (Espanha) e Oxfam Intermón (Espanha) com a participação de La Rete Nazionale Scuole Green de Itália e o Agrupamento de Escolas do Bom Sucesso de Portugal.